sábado, 29 de dezembro de 2012

Café morno



"Vou colocar pra esquentar mais."
É sempre isso. O café tá ali, na garrafa térmica, quente para o paladar da grande maioria das pessoas, mas pra mim tá morno.
Coloco alguns segundos no micro-ondas, ao ponto de quase ferver, de sair soltando mais fumaça que um daqueles antigos trens a vapor, mas é assim que eu gosto. Gosto de que meu café seja forte, e bem quente.
Se não estiver bem quente - pode ser forte o quanto for - irei achá-lo sem graça, ainda que a maioria das pessoas ache que ele está no ponto. Gosto até de toda a cautela que as vezes tenho que ter. Ir bebendo de golinho em golinho, correndo o risco de, ao terminar de beber a minha caneca de café, estar com a língua queimada.

E sou assim desde... Bom, desde sempre. Não só com relação ao meu café, mas com relação a vida. Meu negócio é a intensidade. Gosto de correr riscos calculados, ou de correr riscos que serão calculados aos poucos. Tenho um caso de amor com a loucura. Não com a loucura clínica (bom, há  quem discorde dessa parte). Não ouço vozes ou acho que estou sendo perseguida, não rasgo dinheiro ou como no McDonalds, nada disso. Mas falo daquela loucura de ir de cabeça nas coisas; de falar algo por achar que foi preciso, ainda que depois pense "mas que m*"; de dar carinho - ou desprezo - indiscriminadamente pra quem merece; a loucura de se apaixonar e cantar "exagerado, jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado. Adoro um amor inventado" sem um pingo vergonha; a loucura de pecar pelo excesso, sempre pelo excesso, nunca pela falta.
O morno entedia, e o frio repele - e para passar de um estágio para o outro, é rápido. Café morno, vida morna, relacionamentos mornos... Pega tudo isso, coloca pra ferver (mais simples do que imagina: apenas se entregue mais) e vá ser feliz. A vida é curta.
Em 2013, muita intensidade pra você. Muitos pecados pelo excesso.

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Homens são de Marte e mulheres ainda não decidiram de onde são




Claro que há diferenças drásticas entre o funcionamento dos cérebros masculino e feminino.
É algo inclusive bastante interessante de se observar.
Homens levam tudo ao pé da letra, já nós passamos horas e horas analisando as mensagens subliminares contidas nas frases mais simples.
PS: Se a frase foi dita por um homem, não existe conteúdo subliminar, colega. É simplesmente aquilo que ele disse e ponto final.
Já nós, mulheres, deixamos as coisas por dizer e esperamos que o cara compreenda tudo o que poderia ter sido dito mas não foi.
PS: Não funciona com homens. Seja direta! Filosofar com homem é uma perda de tempo GIGANTESCA.

Vou dar dois exemplos reais:

Primeiro exemplo: Eu estava numa conversa com um rapaz, pela internet, acompanhem.

Eu: Já começou "tal coisa"?
Ele: Não.
Eu: Não começou? Mas que absurdo... Olha, me faz um favor? Olha aí e me diz se ainda apareço online.
Ele: Não.
Eu: Não começou, não vai fazer o favor ou não apareço online?

A resposta que obtive a seguir foi uma gargalhada. Mas, ué, pra mim um simples "não" foi algo extremamente vago.

Segundo exemplo: Meu pai e a ida ao supermercado.


Pai: Vou ao supermercado.
Mãe: Certo, compra "isso e aquilo" e peixe.
Pai: Tá.

Uma hora depois meu pai volta e começamos a desempacotar as coisas. E nada da sacola do peixe.
Mãe: Cadê o peixe?
Pai: Tá ali - diz enquanto aponta para as três latas de sardinha recém compradas.


Deu pra notar BEM a diferença, certo?
Tem também aquilo: Mulheres falam ao telefone enquanto se maquiam e dão uma olhada no que está passando na TV.
Já homens não conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Falar ao telefone enquanto um cachorro late a 100 metros de distância é algo fora de cogitação. O lema masculino é basicamente "não trabalhamos com multidisciplinaridade."

Mulheres - nem sou feminista nem machista nem whatever mas, cara... -, nossos cérebros são demais de bons (e demais de loucos). E apesar de homem ser muito - MUITO bom - da TPM, de fazer xixi sentada, dos sentimentalismos, e etc, eu não gostaria de trocar de sexo por nada.


*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Humor afrodescendente



Uma coisa que me irrita, me deixa louca da vida, é o tal do "politicamente correto".
Confundem ter bom senso e ser respeitoso com ser imbecil, um chato de galocha.
Um dos meus melhores amigos é "viado". Sim. O chamo de VI-A-DO.
"E ele?" você se pergunta. Ele não se importa! Ele é meu amor, meu viado amor.
Não pensem que ele me chama de "docinho de coco" não.
Pensam que isso é desrespeito? Eu encaro como carinho.
Há um contexto e uma intimidade entre nós que permite esse tipo de linguagem, onde ambos sabemos que a última coisa que queremos é nos magoar.

Você acha mesmo que um negão delícia vai querer ser chamado de "afrodescendente do sexo masculino, de grande estatura, com massa corporal bem distribuída"?
Uma amiga da minha mãe olhou pra as minha brancas pernas e fez cara de nojo (NOJO!) enquanto dizia "meu Deus. Como você é branca..." Isso me afetou. Afetou de um modo como nunca me senti desrespeitada ao ser chama de "lesma", "copo de leite", "alvejada com cloro", "mandioca descascada" - e por aí vai -, pelos meus amigos.
Não é o que se diz: é COMO se diz. É o contexto, é a entonação, é a ideia que se quer passar.

Várias obras do Monteiro Lobato estão sendo censuradas pelo MEC por ter conteúdo racista. Parece brincadeira, mas não é. E tudo isso por trechos extremamente bestas e curtos que eu não considero ter teor racista. Trechos escritos por uma pessoa que nasceu no século 19 e vivia uma realidade totalmente diferente da nossa. Uma coisa que passa pela minha cabeça é que o pobre homem está sendo injustamente acusado de racismo por ter nascido branco e descrito pessoas de pele escura como "pretas" em suas obras. Mas espera: Preto... Negro... Vê alguma diferença na definição das duas palavras?
Certeza que o MEC só não censurou os trechos do saci-pererê por achar que a intenção de Monteiro foi cumprir a cota para deficientes. (Opa, olha meu humor afrodescendente aí.) 
Hoje dividimos em branco, caucasiano, amarelo, índio, pardo, negro. Pra que tudo isso, eu não sei, mas dividimos. Ok, é a realidade atual, mas não era em "mil oitocentos e lá vai fumaça."
Será que se os mesmos trechos escritos por Monteiro Lobato (branco) tivessem sido escritos por Machado de Assis (negro/ preto/ pardo/ afrodescendente/ mulato/ 30 minutos depois...) este também seria condenado por racismo?


Acredito mesmo que a grande maioria desses "defensores" pensam, em coisas com "humor negro", mas admitir, jamais. Afinal, tudo virou humor afrodescendente.
A gente quer dizer uma coisa simples e tem que dizer medindo palavras pra os idiotas não pensarem que você é a reencarnação de Hitler.
Lógico que eu não sou a favor do desrespeito, dos maus tratos, do preconceito. Mas o que fazer, se tudo o que sai da sua boca pode e SERÁ usado contra você?
O que fazer se achei graça nas piadas feitas sobre Eliza Samúdio, Carlos Matsunaga e até de Rafinha Bastos dizendo que comeria Wanessa e o bebê?

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

domingo, 23 de setembro de 2012

Pelo direito de chorar enquanto lê

Nesse último mês e meio minha vida foi extremamente agitada pelo capeta e tive motivos suficientes que poderiam fazer a maioria das pessoas caírem em prantos. O mais curioso é que não consegui derramar sequer uma lágrima - nada, nadinha - por nenhum dos acontecimentos desagradáveis. Entenda bem: Não é que eu não quisesse chorar, eu simplesmente não consegui! - apesar do atual aperto no peito me fazer ter a certeza de que preciso fazer isso em algum momento para lavar a alma de todos os acontecimentos que me deixaram agoniada.
Talvez não chorar seja minha forma inconsciente de dizer pra a vida: "Olha aqui, sua vadiazinha, você não tem sido nada gentil comigo. Quer saber? Também não vou te dar o gostinho de lágrimas."

Aí você pensa: Mas é quase uma rocha!
Sou uma rocha até ter um livro tocante em mãos.
Me deixo guiar mesmo pela emoção. Nos livros até a desgraça tem um certo encanto - que não está presente na vida real - que faz você partilhar das agruras do personagem.
O problema, pra mim, não é chorar com algo que na maioria das vezes não aconteceu; o problema mesmo é não poder chorar em paz pois as pessoas não entendem como você pode estar chorando pela dor ou morte de um personagem amado, afinal "é tudo de mentirinha"; ou como você consegue se tornar amiga da moça ou querer se casar com o rapaz ao ponto de chorar pelos planos que eles fizeram e deram errado. Ou chorar - e esse choro é doloroso, hein? - pelo final de uma saga.


É péssimo ter que ficar encolhidinha no fundo do ônibus pra que não vejam que uma ou outra lágrima teima em cair mesmo que você esteja se esforçando pra conter a Itaipu que está se formando nos olhos.
Ou pior: Não poder chorar em casa (poxa!) enquanto lê, pois sabe que sua família não vai entender e simplesmente ficará assustada. Isso acontece as vezes comigo, e recebo uns olhares de "eu heim??" da minha mãe, e olhares de "meu Deus, o que aconteceu?!" do meu pai. Se eu visse meu filho ou filha chorando com um livro nas mãos, iria até ele, daria um abraço forte e diria simplesmente "Eu sei, querido... Mas ainda existem novas linhas e novos livros pela frente."

O que eu posso fazer se choro? A culpa não é minha, sociedade, mas sim da pessoa que escreveu o texto de modo tocante. Pessoas que conseguem escrever palavras que tocam possuem um dom, pessoas que se deixam tocar por essas palavras, também; afinal, já nos fechamos tanto pra outras coisas, tentamos ignorar tanto as nossas dores da vida real (ó eu aqui!) que não apreciar a leitura rindo - quando ela é engraçada - ou chorando - quando é triste - é se limitar demais.
Por isso só quero casar se for vestida de princesa Leia com alguém que tenha o dom para a escrita: Poder acordar de madrugada e ver que ele está no computador, levantar de pontinha de pé e dar um abraço por trás apoiando o queixo no ombro dele enquanto o observo digitar palavras que tocarão o coração de alguém.
Todos sabem que ser escritor é um dom, mas poucos sabem que ser um leitor, também.

PS: Adora ler? Faz uma visita ao grupo Livrólatras no Facebook


*Imagem do Google Images. 

domingo, 12 de agosto de 2012

I am not your father. Wait... What?


ALERTA: Se você nunca viu a saga "Star Wars" e quer assistir, este post terá alguns spoilers.

O Lorde Vader não foi um bom pai. Afinal, ele só quis saber do Luke pra que o garoto virasse um Sith. Mas, aos olhos do Luke, o Vader - no fundo - nunca deixou de ser um Jedi, mesmo ele se mostrando um ser sem escrúpulo algum.
Basicamente, é isso que os filhos fazem: Acreditam que os pais são seus heróis - até que se prove o contrário - independente de circunstâncias.
Mas o Lord deixou todo o seu lado paternal aflorar, e por alguns instantes, Luke pôde sentir como era ser um filho.

Então, vamos às vias de fato:

Will Smith e Jaden Smith (pai e filho - e lindos - na vida real)
Poxa, Vader e Luke que me perdoem.

Parabéns a todos os papais que sabem que ser pai é mais do que simplesmente alimentar o filho.
Parabéns aos que trocam fralda de cocô mesmo sentindo ânsia de vômito; que durante a noite dizem "deixa que eu vou" pra a esposa descansar mais; aos que só faltam enlouquecer quando a criança começa a chorar mas controlam a vontade  de a afogar na privada e, em vez disso, dão um abraço; que chegam cansadíssimos, mas vão brincar; aos que sabem de cor todas as músicas do DVD da Galinha Pintadinha; aos que sabem que autoridade é diferente de repressão e que medo é diferente de respeito; que sabem que suas palavras não surtem efeitos se seus atos não forem os certos; que mesmo não podendo estar sempre com os filhos, os amam mais que a própria vida.
Parabéns também aos que nunca se negaram a fazer o exame de DNA.

E se você não é desses, não se preocupe: Se não era tarde pra o Lord Vader fazer valer o papel de pai, por que seria tarde pra você?
Deixo aqui toda a minha admiração por esses verdadeiros pais.
E pra os que fazem tudo ao contrário do que eu citei, passarei pra lhes deixar um recadinho no dia 10 de dezembro: Dia universal dos "paiaços".


*Imagem retirada do Google. Filme "Á Procura da Felicidade".

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Nem às paredes confesso


Eu estava lendo o post "Quem não tem segredo?" no blog do Rick, e por vários dias não consegui parar de pensar nos meus; não "segredos quaisquer", mas aqueles que realmente fazem a diferença em mim.
Peguei papel e caneta. O que eu considero "meus segredos"?
O que tenho pra contar sobre mim quando eu estiver com meu "príncipe", o merecedor de todas as minhas confissões?


Comecei a fazer tópicos e a escrever, uma por uma, as coisas que estão guardadas lá no fundo da minha mente, que aconteceram no meu passado e que estão bem vivas no meu presente.
Algumas delas jamais foram ditas em voz alta, talvez nunca sejam, e fiquem ecoando na minha cabeça pelo resto da minha vida. Não considero um fardo grande, afinal eu mesma esqueço delas, as vezes.
Minha surpresa foi enorme ao notar que, de tópico em tópico, de segredo em segredo, consegui preencher uma folha grande de caderno, frente e verso.
Foi uma tarefa interessante. Revivi muitas coisas e lembrei de outras tantas que eu nunca deveria esquecer. É um exercício que eu recomendo.

Você tem segredos, não tem? Todos temos. Mas até que me saio muito bem ao manter aqueles que  são inconfessáveis.
Sei manter os segredos de outras pessoas também. Afinal, as vezes tudo o que precisamos é que alguém nos escute e nos dê uma consideração sobre o que foi falado. E o mais engraçado é que, felizmente, com o tempo, eu acabo esquecendo dos segredos que me contam. No caso, não precisam me matar após me contarem algo.

PS: Não, né? Claro que eu não ia contar segredos aqui.


*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.




sábado, 21 de julho de 2012

Vou casar

Sim, eu vou casar, aliás, eu  casei.
Antes de explicar como isso aconteceu, quero dizer que você também devia se casar, e não importa se já tem um marido ou uma esposa.
Bom, quando se fala em "casamento", no que você pensa?
Provavelmente pensa em comprometimento; pensa em amor, em respeito, em intimidade; certo?
Desde sempre - quase que inconscientemente - nos comprometemos a respeitar nossos pais, a não sabotar nossos amigos, a não abandonar nosso bicho de estimação, a ser fiel ao namorado. E assim, vamos "casando" com esses seres ao longo da vida.

"Eu (…) prometo ser-te fiel,
amar-te e respeitar-te,
na alegria e na tristeza,
na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida..."

Mas o casamento no qual eu entrei, e que eu proponho a você também, é o seguinte: Case-se consigo mesmo.
Comprometa-se a se amar - com suas qualidades e defeitos -, comprometa-se a respeitar os seus limites, a se aceitar e se achar sexy mesmo com aqueles quilos a mais ou aqueles fios de cabelo a menos. Comprometa-se a ficar do seu lado, estando em boa situação financeira ou não, estando com ótima saúde ou não; prometa pra si que não vai se abandonar, que será mais tolerante consigo, que irá melhorar seus pontos fracos para poder ser mais feliz. Prometa que irá acordar com um sorriso mesmo quando for uma segunda-feira cinzenta e a sua cara estiver toda amassada; prometa rir de si mesmo quando você estiver se achando chato. Jure que será fiel aos seus valores, que não irá se boicotar, que irá se estimular a ir além. Permita-se tentar compreender suas limitações e a sentir TUDO de bom e de ruim que suas atitudes podem proporcionar e APRENDA com isso.

Você quer alguém que te prometa amor, respeito, consideração? EU TAMBÉM! Mas primeiro temos que ter isso por nós mesmos.
Você quer um namorado que te ame, te proteja, te respeite; mas você não se ama, não se protege e se sabota. Entende a contradição?
Ao ser egoísta a pessoa nem ama a si mesmo nem ama as outras pessoas. Porém, ao ter amor próprio, você se ama de tal forma que entende que se você não é perfeito (mas ainda assim merece amor) por que as outras pessoas precisam ser "perfeitas" para serem merecedoras da felicidade? Você entende que você merece ser respeitado por suas dificuldades e defeitos; e terceiros também.
Você entende que você pode E DEVE melhorar seus pontos fracos; e por que as outras pessoas não teriam uma segunda chance?

Case-se consigo, e viva em paz pelo resto da sua vida.

PS: Queridos rapazes, que por ventura ficaram tristes com o título do post, eu AINDA estou solteira. ;D

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Depende da interpretação

Eu estava no banho, apreciando o som que vinha do rádio - sem ser atrapalhado por nenhum ruído que uma casa com mais pessoas teria.
De repente começou a tocar uma música que eu gosto, composta por Lobão e interpretada na voz do próprio, de nome "Me chama". Essa música é conhecida na voz dele e na de Marina Lima, apesar de ter sido regravada por muitos. Particularmente, prefiro na voz dela.
Me apeguei a aquele início da música e então notei algo que nunca tinha notado tão a fundo: A diferença na interpretação entre Marina e Lobão.
A versão que eu ouvi na voz do lobão foi a do Acústico MTV. Mas ainda assim, na versão original dos anos 80 é possível perceber, até certo ponto, o que eu vou falar.

Pra começar, a letra da música é a seguinte:

Me Chama

Chove lá fora e aqui tá tanto frio.
Me dá vontade de saber; aonde está você?
Me telefona... Me Chama! Me Chama! Me Chama...

Nem sempre se vê lágrima no escuro.
Lágrima no escuro, lágrima...

Tá tudo cinza sem você... Tá tão vazio...
E a noite fica sem porque...

Aonde está você?
Me telefona... Me Chama! Me Chama! Me Chama...

Nem sempre se vê mágica no absurdo.
Mágica no absurdo; mágica!...
Nem sempre se vê lágrima no escuro.
Lágrima no escuro, lágrima!...






A interpretação dele é visceral. Ele começa - de um modo meio indignado - a cantar que a pessoa não está com ele, mesmo sob as tais circunstâncias de tudo parecer frio e vazio, parecendo achar isso uma traição.
Em seguida, pede de forma pacífica para que a pessoa diga onde se encontra, que lhe dê atenção.

Sem obter sucesso, ele canta o trecho seguinte de modo alarmante, por não ser compreendido. Por nem sempre conseguirem compreender a situação da maneira que ele enxerga.

Ele volta a dizer - ainda de forma "incrédula" e meio enraivecida por a pessoa não estar ali - que sem a outra pessoa, o mundo ficou vazio e sem cor.
Pra em seguida usar um tom de voz que chega a implorar pela atenção que não se tem.
E novamente dar um guinada, e usar toda a potencia vocal pra gritar que nem sempre conseguem compreendê-lo. Que nem sempre conseguem ver a beleza e agruras das situações, do modo que ele enxerga.



Só é possível ouvi-la no próprio site do YT.

A interpretação de Marina é mais triste. Canta como quem não pede nada, não espera nada. Está apenas divagando pelo próprio pensamento, e simplesmente constatando - de forma conformada - o fato de estar sozinha numa situação difícil.

Em seguida ela pede "me telefona, me chama..." sem demonstrar ter nenhuma esperança de ser ouvida ou de que seus desejos sejam atendidos.

Quando chega a parte do "nem sempre se vê lágrima no escuro/ nem sempre se vê mágica no absurdo", ela não demonstra a indignação nas palavras, da forma como Lobão o faz. É mais como um lamento por não poder dividir as impressões que ela tem da situação.



O que quero dizer com isso tudo??
QUE TUDO DEPENDE DA INTERPRETAÇÃO. QUE A FACA PODE TER DOIS GUMES.
O que uns veem com fúria, outros podem ver com certa ternura, ainda que ambos estejam no mesmo barco.

PS: Sim, para quem não é acostumado, num primeiro momento a aparência de "louco varrido cheirador de pó" do Lobão dá um susto na gente.


*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ela



Ela foi uma criança tranquila e sinais indicavam como seria a vida dessa pessoa: Uma foto de uma infante com poucos meses de vida mostrando o dedo do meio para a câmera não trazia boas novas. 
Um projeto de gente muito segura de si e com poucos "por quês". Sempre tentava achar as próprias soluções para as coisas que se propunha a desvendar.
Na escolinha, um garotinho se apaixonou por ela, e o jeito mais fofo ele que achou para demonstrar foi beliscando suas pernas. "Pronto. Não sabe o que é paixão, mas vai lembrar de mim sempre que olhar os roxos que eu deixei nela." Onde estava a lei Maria da Penha quando se precisava dela?

E assim foi crescendo ser saber ao certo o que é "relacionamento". Onde encontrar um e como alimentá-lo, até hoje são enigmas para ela.
Pensou ter se apaixonado duas vezes, depois descobriu que apenas uma das vezes foi paixão. Pensou ter amado uma vez, depois descobriu que amor não faz você se sentir um lixo. O resto de seus afetos são pessoas que ela sabe que não estão inclusas em seu futuro, mas ela insiste em abrir a porta do coração para deixar que alguns fiquem de visita por um tempo curto.
E ela jura - pela alma de sua mãe que está viva - que se nada em sua vida der certo, vai montar um grupo de Stand Up Comedy com as amigas para fazer as pessoas rirem de suas desgraças amorosas.

Ainda muito nova ela aprendeu a sorrir quando na verdade estava com vontade de chorar. Assim ela permaneceu por muitos anos. Até que cansou e resolveu parar de reprimir o que sentia. "Foda-se esta merda. Que vejam como eu sou e decidam se gostam ou não, afinal."
Mas ela é dessas: Você ama ou você odeia. E ela não faz por mal. Ela apenas se mostra como é. De cara limpa, de peito aberto, pronta para mostrar quem é e receber o que a outra pessoa tem de melhor e pior. É sincera quando na verdade deveria não se mostrar. Deveria ser misteriosa; não é assim que todo mundo gosta? De pessoas que escondem o jogo pra só depois mostrar as víboras que são? 

Ela gosta de futebol e entende as regras, gosta de filme "de mulherzinha" e também de ação; gosta de rock e de bossa nova, e também curte o "tchu tcha tcha" nas horas de diversão; tem um humor negro podre e tenta ser engraçada enquanto faz piada sem graça; fala sobre sexo com naturalidade e lê livro de romance pra em seguida fazer uma poesia; acha sapato de salto a coisa mais linda do mundo, mas sempre irá preferir o All Star; desconfiada, teimosa, com uma memória desgraçada de boa e uma sinceridade inútil; diz querer um amor pra a vida toda, mas não acredita que ele virá; as vezes se irrita e diz "Dane-se tudo" pra no momento depois quase implorar "Oi, alguém quer me amar?"; admite ser louca mas, por medo de ser quem é, tenta se convencer que é tão normal quanto qualquer outra; e, assim como a água, aprendeu a se adequar ao contexto onde está inserida.

Não sabe ao certo quem é, talvez por ser muitas em uma só, talvez por nunca ter notado a si mesma como alguém que é mais do que apenas medíocre. Não sabe se o mundo não está pronto para ela ou se ela não está pronta para o mundo. Ela apenas sabe que está deslocada.
Se ela gosta de ser assim? Não, ela não gosta, mas também não sabe ser uma pessoa diferente.
Por isso ela brinca de tentar olhar de fora e assistir a própria vida, como um espectador que assiste uma novela e torce pela protagonista.


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Receita para ser feliz




1/2 lata de leite condensado.
1/2 colher de sopa de margarina.
1 colher de sopa de chocolate em pó.

Coloque tudo numa panelinha, leve ao fogo e mexa como se não houvesse amanhã, até ferver. Desligue, espere esfriar, seja feliz.


PS: Pra quem tá aí dizendo "ai, mas eu vou engordar": Fia você faz isso uma vez na vida, outra na morte.

PS 2: Ninguém consegue ser feliz e magra ao mesmo tempo. Acostume-se.

PS 3: Te dei a receita da felicidade. Se você souber a fórmula do amor, compartilhe comigo. Eu, Leoni e Leo Jaime ficaremos gratos.

PS 4: Ah, porra, até quando você vai ficar perdendo tempo lendo "PSs"?? Vai logo ser feliz.



*Imagem do Google Images.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Morte cibernética


Hoje vi uma imagem que diz que daqui 100 anos, o Facebook terá alguns muitos milhões de perfis de pessoas mortas. Bom, já era de se esperar. Nem todos os reles mortais têm Síndrome de Dercy, grande filósofa que morreu no auge de seus 243 anos.


E aí, lembrei que há um ano atrás, um colega sofreu um acidente de moto e após um mês internado, morreu.
Quando soube da morte dele, meio que nem acreditei. Fui olhar o Orkut dele, e lá estavam, todas as fotos, rastros de quem ele foi, do que pensava, as preferências dele expostas em forma de comunidades, pessoas deixando scraps como forma de homenagem. Olhei no meu MSN e vi o dele, ficaria offline pra sempre. Era estranho ter a certeza de que ele nunca mais iria me chamar com o costumeiro: "Oi, menina."
Resolvi "exclui-lo" do Orkut e do MSN. Não queria pensar no fato de que ele nunca mais estaria ali.
Pensei: E se fosse eu?

Eu tenho conta no Facebook, no Twitter, no Photobucket, no Fileden, no XVideos (Rá! Brincadeira), no Google - Picasa, Blogger, Youtube, Google Plus, Orkut (que nem uso mais) -, e ainda vários emails - consequentemente o MSN.
Imagina que tudo o que um dia eu fui ficará "perdido" na internet?
Prevendo isso, pedi pra que uma amiga guardasse todas as minhas senhas e sempre que modifico alguma, envio um novo arquivo pra ela. Em fim, no dia de minha morte, quem eu sou hoje existirá apenas na lembrança das pessoas, pois acho muito mórbido as pessoas deixando recados e comentários que nunca serão lidos pela pessoa aos quais foram enviados. 

Claro que escolhi uma amiga de super confiança, mas tão de confiança que eu acho que ela acredita que irá passar a eternidade no inferno se entrar em alguma das minhas contas sem minha autorização.
Inicialmente, quando expliquei o motivo de querer que ela ficasse com minhas senhas, ela ficou preocupada e desconfiando de um possível suicídio. Ri alto.
Depois descobri que há sites que cuidam das senhas das pessoas e, após a morte do usuário, as enviam para as pessoas designadas previamente por ele. Mas como esses sites descobrem que o usuário morreu, eu não sei. Se alguém souber, me explique, pois tá fodinha conseguir entender a lógica da coisa.

Em fim, eu vim dizer que vou passar um tempinho longe do blog, mas não muito. É só pra dar uma descansada na mente. E aí você pensa: 


What the bitch...

Fica enchendo a cabeça com porcaria
e quem paga é o blog.


Ser bitch... Me gusta.

 Hahaha! Prometo voltar com todo o gás.

sábado, 14 de abril de 2012

O que te inspira?


Ricky me passou uma tag, e tenho que dizer 10 coisas que me inspiram. Certo, lá vamos nós:

1 - Pessoas;
São fonte CONSTANTE de inspiração. Podem ser amigos, familiares, desconhecidos, a vizinha, o pedreiro... Falam algo, agem de determinada maneira, então se abre um leque de possibilidades e minha cabeça entra em um mundo paralelo.

2 - Escrita;
A escrita é uma das minhas maiores paixões. Seja falando besteiras aqui, ou anotando algo num caderno, ou escrevendo algo mais pessoal; saber que eu posso "extrair" coisas de mim através da escrita já me impulsiona a começar a pensar.

3 - Música;
De preferência, música "boa", mas também consigo pensar em várias coisas pra falar sobre o que EU considero como música ruim. 

4 - A chuva;

Eu tenho um caso de amor com a chuva e gosto de banhos de chuva. De qualquer modo, quando a chuva cai, ela vem e leva embora toda a minha inquietação, toda a minha "maluquês".
Se estou em estado de euforia, ela tira a minha agitação e me deixa só com um sorriso. Se estou triste, ela vem e leva embora a angústia, mas me deixa processar a minha dor com um sentimento de paz.
Em fim, eu seria capaz de fazer poemas e canções em homenagem a chuva.

5 - Leitura;
Esse ano, eu preciso ler mais. Entretanto, a leitura é algo que realmente consegue me tirar da minha realidade. Imagino cenários, personagens, som das vozes, entonações usadas, expressões faciais, tudo.

6 - Boa conversa;
Eu diria que uma boa conversa é um portal que pode fazer a sua mente processar trilhões de coisas ao mesmo tempo, deduzir algo a partir disso e ainda fazer você pensar em outro trilhão de coisas a partir da sua própria dedução. Muito inspirador.

7 - Bichos;
Tenho TANTO a aprender com esses seres. A forma como amam, como agem... Em fim, sinto que posso ser uma pessoa melhor ao estar em contato com eles. Principalmente com meu filho gato, Dengo.

8 - Milagres;
Certo, ok, eu acredito em milagres. Mas quando falo em milagres me refiro àquelas coisas que parecem estar totalmente perdidas, totalmente sem volta e do nada algo incrível acontece, algo que ninguém esperava, e muda todo o cenário. As vezes são grandes coisas, as vezes são pequenas coisas, mas eu admito que AMO quando acontece.

9 - Filmes e séries;
Pra mim, essas duas coisas são a combinação de outras duas coisas que eu citei: A escrita e a música.
Presto mesmo MUITA atenção na trilha sonora e no roteiro. Adoro observar os diálogos entre os personagens, se a música encaixa com a cena, etc. E isso também me fez entrar em um universo paralelo.

10 - Coisas simples;
Cheiro de café, som da risada de alguém querido, folhas balançando com o vento, barulho da chuva, afagar meu gato, um telefonema de alguém legal, pipoca estourando, uma música boa tocando baixinho em fones gigantes de ouvido, ...

Ufa! Responder isso parece fácil, mas não é. A partir do oitavo item a gente começa a ficar sem ideias. Hahaha!
Teria que indicar blogs, mas prefiro que qualquer um sinta-se livre para fazer ou não. :D

terça-feira, 10 de abril de 2012

Filhos, sexo e pais

Não sou expert no assunto, minha formação superior não me permite falar com propriedade sobre "os aspectos psicológicos da iniciação sexual juvenil e os impactos familiares que isto acarreta" (sinto que acabei de dar tema de TCC pra alguém), também não vou exemplificar nada sobre a vida sexual de ninguém; porém, vou dar minha visão como filha/neta/sobrinha que sou.

Eu sou uma jovem de 22 anos, formada, mas que ainda é vista como a menininha da família da minha mãe. Não estou reclamando, estou apenas constatando e analisando um fato.
Eu realmente gargalho quando ouço algumas destas recomendações:
- "Não assista 'tal' filme, tem coisas pornográficas nele!"
- "Você não pode ver isso!"
- "Tampe os ouvidos."
- "Procure contos eróticos pra mim, e imprima, mas não leia."
Desculpa tia...
Mas essa recomendação foi mesmo muito engraçada.

(E bem impossível de ser cumprida) 

Claro que este tipo de coisa não são ditas ao meu irmão, um ano mais novo.
Enquanto espera-se que eu encontre UM "príncipe encantado", meu irmão é incitado a ser um galanteador - e ser assediado por muitas, é motivo de orgulho.
Uma garota comprar camisinhas é sinal de que ela é uma devassa, um garoto comprar camisinhas é sinal de que ele é consciente de seus atos.
E é óbvio que tudo isso tem a ver com a idiotice do "machismo x feminismo" que eu citei no post anterior.

Mas, me diga minha amiga, tem como olhar isso
e pensar APENAS numa coceira nas costas?
Go Alex! (quem assiste True Blood me entendeu)

Eu acho muito mais interessante que nós, como pessoas, demos abertura para conversar sobre sexo com todos - seja menino ou menina - sem barreiras, sem meio termos e sem ter medo que "conversas sobre sexo" tenham um vínculo com "conversa sobre putaria".
Acredito que esse é o maior "erro" de grande parte dos tutores: Achar que ao falar sobre sexo vai estar falando sobre putaria e não informando.
Há também um outro medo - esse com relação às meninas: Quanto mais ela souber sobre sexo, mais incitada ficará a fazer.
Claro que há modos e modos de abordar o assunto de acordo com a idade, mas "meninas" são pessoas que vão crescer - com desejos e instintos - e que vão fazer sexo tendo muita ou pouca informação sobre isso.
Não adianta querer proteger demais, as coisas serão descobertas de uma forma ou de outra.
Não é mesmo, Sandy?



Sandy, se algum dia você vir isso, não me processa. Eu sou pobre e foi só uma piada. HAHAY!



*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

domingo, 18 de março de 2012

Ônibus

Entro no ônibus e sento naquelas cadeiras "solitárias". Encosto minha cabeça na janela, sinto o vento no rosto, meus cachos balançam, observo o céu. Amo quando estou sentada na janela e o dia está frio, e o cheiro do ar muda anunciando a chuva que vem, amo a paz que sinto nesse momento... 
É uma coisa tão trivial e ao mesmo tempo tão curiosa... E nessa hora um "tio" entra no ônibus e esbarra em mim. Me faz lembrar que estou em pé, no meio de um ônibus lotado, sem nenhuma "cadeira solitária" para sentar, sem janela para encostar a minha cabeça e com um sol escaldante lá fora.

Continuo me segurando fortemente aos ferros para não ser arremessada ao para-brisa por causa das freagens bruscas que o motorista dá. Tento não me concentrar no fato de que nos momentos das freagens, sempre tem alguém que grita para o motorista: "Você está levando pessoas! Não somos bois não, seu féla da puta!"
Tento apenas voltar a pensar na paz que sinto quando a chuva vai começar a cair, em como não vou fechar a janela e vou adorar sentir os pinguinhos iniciais batendo no meu rosto. Ahhh, como eu AMO a chuva.
Então eu lembro de como gosto de andar sem nenhuma preocupação pela rua enquanto a chuva cai, de como me sinto renovada depois de um banho de chuva e de como tenho a sensação de que tudo fica mais puro.
E nesse momento "o tio", o mesmo que entrou no ônibus e esbarrou em mim, se posiciona de costas para as minhas costas e "cola" a bunda dele na minha.

"Ôpa... Que estranho... Mas o ônibus está lotado, e poderia ser 'pior', né?"
Resolvi "separar" as minhas costas da dele, e ele novamente veio e colocou a bunda dele totalmente encostada na minha.
"Talvez ele precise de mais espaço..."
Me afastei novamente, e mais um vez ele encostou a bunda na minha. Me afastei pela terceira vez, e, batata!, lá vem ele e sua bunda maldita.
Fiquei na dúvida... Não sabia se virava e dizia "Como assim, tio? Bundinha com bundinha, assim, logo de cara? Sem nem chamar para um jantarzinho antes??" ou se dava uma cotovelada nas costelas do infeliz para me livrar daquele "acocho romântico" às 7h.
Pelo sim, pelo não, resolvi que inicialmente iria me virar e pedir um pouco de espaço para a minha bunda respirar. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Caso isso não resolvesse, iria ter confusão.


Botei minha melhor cara de "Paola Bracho brava por ter levado uma topada" e me virei. Quando ia abrir minha boca, o tio se mandou para o fundo do ônibus. ALELUIA!

Nem ligo de usar o transporte público, até gosto, na verdade. É interessante conseguir observar as pessoas. O que não gosto é de transporte público lotado e dessas pessoas sem noção. Um negrão musculoso ninguém quer acochar, né? 



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quarta-feira, 7 de março de 2012

Pra não dizerem que não falei das dores


Primeiro de tudo: EU acho que NÃO SOU LOUCA. Ao menos, não com laudo médico. Hahahaha. Mas confesso que ri com os comentários do post anterior, principalmente com o segundo.
Basicamente, eu quis dizer que assuntos pessoais, "assuntos de Elayne", não são expostos aqui no blog. O foco aqui é a diversão. Não importa o quanto eu queira compartilhar as coisas que permeiam o fundo da minha mente, tenho que "controlar" meus dedos.
Por exemplo, eu já tinha dito para Ricky que não ia publicar tal texto, mas resolvi postar para vocês não terem dúvidas sobre como eu realmente sou ridiculamente romântica e nunca mais precisemos falar sobre as diferenças entre Lay e Elayne, certo?
Texto que estava no limbo do meu computador e foi escrito há um ano atrás por uma "tal Elayne" podre de amor não correspondido:

Aquela velha história do “tão perto e ao mesmo tempo tão longe” é deprimente. Deprimente e real.
Você fica ali - perto daquela pessoa que te faz conseguir ouvir seu coração batendo -, esperando que o sentimento passe, esperando se sentir mais confortável com o passar dos dias até esquecer completamente o quanto está apaixonada; mas a cada dia aquilo vai tomando conta de você.
Antes o que chamava a sua atenção eram coisas que todo mundo via: o sorriso encantador, a altura, a forma como mexe no cabelo, o jeito de andar.
Até aí, tudo bem, mas preocupe-se quando começar a perceber coisas que ninguém mais nota: o jeito como a pessoa fica quando está constrangida, o movimento que faz com a cabeça quando acha algo engraçado mas não quer demonstrar, o jeito que te olha quando está tentando descobrir – ou encobrir –  algo.
Conhecer tão bem uma pessoa e não tê-la por perto é doloroso; pode ser necessário e até benéfico a longo prazo, mas é doloroso. Saber que esse alguém tem um outro alguém é difícil; faz o que seria convertido em choro se transformar em dor física, faz parecer que você passou horas levando uma surra daquelas.
Aquele alguém que antes era o motivo do seu coração bater tão rápido - como se fosse parar a qualquer minuto - se torna a razão pela qual você não consegue respirar com a simples ideia de perder

Ao final, o texto não tem ponto final nem vírgula justamente por estar inacabado.
Dá pra acreditar que ainda ia sair mais alguma coisa daí? Pois é, ia!
Graças a Deus, não lembro o que ia escrever mas fico feliz por algo ter interrompido o meu raciocínio.
Em fim, quem escreveu não fui eu; a autora disso foi minha melhor metade: Elayne. Isso, Elayne, me mate de vergonha.

Mudando drasticamente de assunto: lembram que falei que fui picada pelo aedes aegypti?
Todo mundo falou pra eu ficar tranquila, que o mosquito precisa estar infectado... Bla bla bla...?
Pois é, meus caros, o meu mosquitinho estava premiado. Se fosse o mosquitinho da "Forbes" que indicasse os próximos bilionários da década, ele passaria direto por mim. Mas como era o mosquito da dengue - E INFECTADO! - claro que ele tinha que me escolher. Está vendo? E eu dizendo que ninguém me quer...
"Mulher de pouca fé"... O mosquito me quis.

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Elayne x Lay


Olá. Quero dizer que não é Elayne que escreve, apesar de eu estar usando as mãos dela.
Calma, calma, antes que algum religioso pense que isso é uma possessão demoníaca, algum policial pense que é um sequestro e algum psicólogo pense que se trata de "Transtorno dissociativo de identidade" (Deus abençoe a Wikipédia), eu explico:

Primeiramente, se o blog fosse de Elayne Santana, ela iria pedir autorização para referir-se sobre si na terceira pessoa, por outro lado, quem assina o blog sou eu: Lay Santana. Sendo assim, eu me refiro como bem entender.
"Lay" está em Elayne, mas "Elayne" não está em Lay.
Lay e Elayne são a mesma pessoa, mas Elayne é o conjunto, e eu sou uma parte dela.

Esta blogueira que vos fala é uma parte que apenas poucas pessoas que conhecem "Elayne" sabem que existe. Apenas as pessoas que ela gosta e se sente amplamente confortável conseguem ver o "lado Lay" de Elayne.
Já a "pessoa física Elayne" não dá as caras no blog. E conhecer Elayne é um "privilégio" - ou um azar - para as pessoas que mantém um contato maior do que apenas ler o blog.

Eu sou a diversão, a polêmica, a segurança, a sinceridade a toda prova. Sou eu que quem lê o blog conhece.
Elayne é a pessoa com problemas, com metas, com diversão, com polêmica, com segurança e insegurança, com sinceridade, ... E esta, bom, tenho até pena de quem conhece por completo, pois é muita complexidade em uma só pessoa.

As vezes Elayne quer escrever aqui. Eu começo a digitar e ela me pergunta, animada:
- Vamos falar hoje sobre meus amores?!
- Não. Se quer um diário, compre um caderno. Aqui eu falo sobre meus desamores.
- Vamos falar sobre como eu ainda espero encontrar a "metade da laranja"? - Ela insiste.
- Aqui eu falo sobre como 90% dos homens são cafajestes, não se iluda. Bitch, please.
- Então vamos falar sobre como sou ridiculamente romântica? - Quando ela me sugere tal coisa, penso que só pode ter perdido o juízo.
- Aqui só se fala sobre como estou descrente dos grandes amores, desista.
Bom, então vamos falar sobre "aquelas" inseguranças e sobre como fiquei chateada "naquelas" situações? - E isso lá é coisa que se fale em blog?
- Certo. - Brinco com ela.
- Sério? - Ela se anima.
- Sim, falarei sobre isso no dia que Mark Zuckerberg ficar pobre. Hahaha.

Já cansada de duelar, ela surge com uma ideia mais amena:
- Então vamos falar sobre como posso ser irritante, muitas vezes sem querer mas na grande maioria, querendo?
- Nada disso. Aqui eu mostro o quanto posso fazer piada, até sobre você. - Tento dar um fim.
- Ei! Eu sou "o todo", você que é parte de mim. - Revoltadinha, a garota.
- Bom, nisso você tem razão; mas se esquece que sou eu quem escreve o blog, não você.

No final, é isso. Agora sabem as diferenças entre ambas, mas talvez, nunca conheçam nós duas.

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

Diálogos cotidianos - Mosquito da dengue

Essa foi hoje pela manhã.

6:30, andando pelo quintal, sinto um inseto me picar e parece ter sido o Aedes aegypti.
Entro em casa e comento com minha mãe:

- Acho que fui picada pelo mosquito da dengue.  








- O mosquito da dengue te picou?! - pausa - Por quê?


Seriously?


- Esqueci de perguntar antes de dar o tapa. Mas deve ter me picado por eu ser gostosa.












Tem como não responder com ironia a uma coisa dessas??
Eu com medo de estar infectada com a Dengue e ela querendo saber por que o mosquito me picou.

Percebem que a pergunta da minha mãe e as do meu irmão têm o mesmo nível?
Pois é, minha gente... Seleção natural... Apenas os melhores genes conseguem sobreviver, né? Ahan, sei...
Coisa louca... Nem Freud explica.


*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

13 às Terças: Sinais de que você entrou na zona da amizade

Já temos coisas demais para separar homens e mulheres: Homens são de Marte, mulheres são de Vênus. Eles mijam em pé, elas mijam sentadas, elas suportam o parto normal, eles acham que vão morrer por causa de um resfriado.
Como "desgraça pouca, é bobagem" ainda surge a "zona do amigo" para piorar tudo.

Eu ERA a rainha em querer quem não me queria (as coisas ficam mais fáceis quando a gente começa a compreender os sinais emitidos pelo sexo oposto) porém continuo entrando para a zona da amizade (mas ao menos, geralmente sei quando isso acontece, ao invés de perder meu tempo).
Pra quem não sabe, a "zona da amizade" é quando você recém conhece uma pessoa (geralmente "amigos de amigos") e se interessa por ela, e por diversos fatores - que não vêm ao caso - a pessoa não se interessa por você, vocês acabam se tornando apenas colegas.
Mas como perceber que a pessoa não está interessada em você antes que você se foda se iluda?



13 sinais de que você entrou na zona da amizade:


      1. Ele te abraça dando tapinhas nas costas/ Ela te abraça e logo solta.
É normal que uma pessoa que está interessada em alguém queira manter contato físico com este alguém durante o maior tempo possível. Tem vontade de pegar na mão, abraçar, sentir o cheiro da pele, a textura do cabelo; e pra isso, todo pretexto é válido. Se ele ou ela não demonstra interesse em manter proximidade com o seu corpinho - ainda que seja apenas vontade de sentar sempre ao seu lado -, abra o olho. 
     2. Ele(a) ao sair com o grupo de amigos em comum, não te pergunta: "Você também vai?"
Uma pessoa que está interessada em outra, quer a companhia, sente falta, e se o "objeto de desejo" não está por perto, as coisas perdem um pouco a graça. Seja pela saudade, seja por querer conhecer um pouco mais, é comum querer ficar junto. Se você "some" por uma semana e a outra pessoa te cumprimenta com um "E aí? Beleza?" ao invés de "Nossa, quanto tempo! O que aconteceu?", meus pêsames.
     3. Não busca, em qualquer assunto, gostos em comum.
Mais do que normal querer saber se são compatíveis, né? Você gosta de praia, a outra pessoa gosta do campo; você gosta de ópera, a outra pessoa curte de hip-hop; você é gay, a outra pessoa é hétero; você segue o judaísmo, a outra pessoa é nazista. Fica óbvio que isso não vai dar certo. Pra serem só amigos, as grandes diferenças até ajudam; pra ter um possível relacionamento, as diferenças gritantes se tornam um atraso de vida. Então, se ele - ou ela - não se importa se os gostos pessoais de vocês são compatíveis, é bem provável que também não haja interesse. 
      4. Ele(a) conversa coisas que normalmente conversaria apenas com amigos próximos.
Ex: Ela comenta sobre como o novo vizinho é gato e faz ela babar ao passar com aquela regata preta e aquele jeans surrado. / Ou ele diz como na faculdade as mulheres estão a cada dia mais atraentes. Ou como se controla pra não agarrar a nova estagiária da empresa. - Claro que em um relacionamento sério, os dois devem ser os melhores amigos um do outro (e ainda assim, ficar comentando com o parceiro como "tal pessoa" é deliciosa, nem rola. Fala sério.) Mas no caso, vocês ainda estão se conhecendo. Se ele ou ela mostrou interesse em outra pessoa, e ainda comentou com você, por favor, caia na real. 
     5. Não prolonga o contato visual.
"Os olhos são a janela da alma." Isso é básico: Uma pessoa que está interessada em outra, fixa o olhar. Quer analisar cada detalhe, observar cada movimento da boca, como o lábio superior repuxa a cada leve sorriso, e se possível for, saber até quantas vezes a pupila se contraiu. Em fim: Tudo se torna "hipnotizante". Alguém que te olha do mesmo jeito que costuma olhar para todos, está apenas querendo levar uma conversa na boa, sem maiores intenções.
     6. Não sorri PARA VOCÊ.
Preste bem atenção: Não me refiro sobre a pessoa sorrir DE você, ou sorrir COM você. Quando uma pessoa está interessada, ela sorri PARA você. A pessoa quer que você perceba que, mesmo estando em meio a um grupo de 50 pessoas, não há importância que o sorriso dela não seja notado pelas outras 49, contanto que VOCÊ note. Como saber se alguém está sorrindo para você? Simples: A pessoa ri e olha primeiramente pra você, e busca o seu olhar, a sua aprovação. Alguém que não sorri com a intenção que você note, provavelmente só está rindo de alguma coisa, e dane-se se você viu ou não, ela rirá do mesmo jeito.
      7. Ele não a chama pra sair, e, quando ela dá a entender que quer sair com ele, ele diz: "Vamos marcar algo com a galera."/ Ele a chama pra sair e ela diz: "Tudo bem, marcamos algo com a turma."
Isso de "marcar com a galera" é no caso de os dois terem amigos em comum. Se a pessoa te chama pra sair - ou aceita sair com você - mas quer levar mais 3, 5 ou 10 pessoas, é sinal de que não quer passar uma tarde - ou noite - apenas em sua companhia; provavelmente nem saberia o que conversar com você ou como se comportar ao seu lado, por isso a necessidade do apoio dos amigos. Tendo ou não amigos em comum: se a pessoa nunca te chamou pra sair, ou nunca aceitou sair com você, por favor, desista. 
      8. Não pede MSN ou telefone e mesmo te adicionando no Facebook, nunca fala pelo chat.
Geralmente, nos dias atuais, a primeira coisa que se faz logo após manter um contato inicial com alguém, é adicionar a pessoa como amigo no Facebook. O Face é um lugar onde tudo é mais aberto, mais livre e a interatividade não é "obrigatória", por assim dizer. Você não precisa manter uma conversa. Você curte, se quiser; comenta, se quiser, e "tchau". Já ao adicionar no MSN significa que a pessoa quer conversar com a outra, manter uma aproximação. Já se o número de telefone foi pedido, é porque há uma vontade ainda maior de aproximação - afinal, uma pessoa não pede o número de outra apenas para lotar a agenda. Não pediu MSN nem telefone? É melhor você continuar pelo Face, apenas curtindo as publicações, já que a pessoa não quer - ou não sabe - o que conversar com você.
      9. Não se preocupa em te impressionar e se veste de qualquer jeito.
Uma pessoa que está com os olhinhos brilhando por outra nunca se deixaria ver de qualquer maneira. Se ela não se importa que você a veja com as unhas por fazer, buço por depilar e perna por capinar; e ele não se importa que você o veja com a boa e velha havaiana gasta, a bermuda velha do futebol, o cabelo totalmente bagunçado a barba pedindo clemência, é sinal de que tanto faz o que você pensa, já que você não é o objetivo da conquista. Sendo assim, cai fora.
    10. Não te crítica, mas também não elogia.
Mais um sinal de que a pessoa não se importa com o que você pensa. Quando há o interesse, a pessoa quer que você perceba: "Olha só, eu gosto 'disso', 'disso' e 'disso' em você. Essas coisas me atraíram em você." 
    11. Não se incomoda em continuar fazendo algo que sabe que não te agrada.
Isso é no caso de já ter havido uma conversa prévia. Ex: Ele continua cantando músicas bregas que ela já comentou detestar. / Ela continua debochando do time dele, pois é rival do dela.
    12. Numa conversa, surge o assunto "que tipo de pessoa te atrai?" e você não se encaixa nos padrões que ele(a) descreveu (fisicamente ou não), mesmo estando cara a cara um com o outro.
Acho que esse tópico não carece de explicações.
    13. Não se importa em saber como é sua vida, quais são seus ideais ou como se portaria em caso de um Apocalipse Zumbi. kkkkkkkkkkkkkk
Quando uma pessoa se interessa por outra, é normal querer saber um pouco mais sobre o cotidiano, as aspirações, se tem ideias bem desenvolvidas ou não... E, por que não, querer saber o que ela faria em um Apocalipse Zumbi. Para não restarem dúvidas, aqui o que eu faria (porque armas são para os fracos):

OBS: A pessoa pode pedir o MSN, o telefone, pode dar mais alguns sinais de que está afim, e ainda querer só amizade. Como pode ser que a pessoa faça UMA das coisas que demonstra não estar afim, e estar. Agora, se você recebeu um conjunto de sinais citados - a maioria deles - você entrou na zona da amizade. E se a pessoa te deu TODOS os sinais de que você entrou na zona da amizade, por favor, se atire da ponte. (pelo amor de Deus, é só uma brincadeira, hein?)
kkkkkkkk 


Só uma última coisa: Eu comentei com uma pessoa sobre esta postagem, falei que "eu já tenho certa consciência de que praticamente todos caras que conheço e me interesso vão acabar virando amigos, pois é isso que sempre acontece, é minha 'sina', então nem me iludo". A resposta que obtive foi:

- Hum, então quer dizer que o fato de todos virarem amigos é sua culpa?
- Claro que não!
Mas se você trata todos como 'futuros amigos' e não enxerga nenhum como um possível pretendente, como algum deles poderá de fato virar um real pretendente? E se tem alguém interessado em você neste momento mas não tenta nada por estar sendo tratado como um 'mero' amigo?

Depois disso, agradeci pelo "soco no estômago" e fui dormir, mas antes de dormir fiquei pensando: Não é que faz sentido??
Então, vale o aviso: Garotinhos e garotinhas - que, como eu, sofrem do mal de sempre entrar para a zona da amizade -, abram os olhos; vocês podem estar sendo observados.

*Imagens: Google Images e Facebook
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