terça-feira, 17 de abril de 2012

Morte cibernética


Hoje vi uma imagem que diz que daqui 100 anos, o Facebook terá alguns muitos milhões de perfis de pessoas mortas. Bom, já era de se esperar. Nem todos os reles mortais têm Síndrome de Dercy, grande filósofa que morreu no auge de seus 243 anos.


E aí, lembrei que há um ano atrás, um colega sofreu um acidente de moto e após um mês internado, morreu.
Quando soube da morte dele, meio que nem acreditei. Fui olhar o Orkut dele, e lá estavam, todas as fotos, rastros de quem ele foi, do que pensava, as preferências dele expostas em forma de comunidades, pessoas deixando scraps como forma de homenagem. Olhei no meu MSN e vi o dele, ficaria offline pra sempre. Era estranho ter a certeza de que ele nunca mais iria me chamar com o costumeiro: "Oi, menina."
Resolvi "exclui-lo" do Orkut e do MSN. Não queria pensar no fato de que ele nunca mais estaria ali.
Pensei: E se fosse eu?

Eu tenho conta no Facebook, no Twitter, no Photobucket, no Fileden, no XVideos (Rá! Brincadeira), no Google - Picasa, Blogger, Youtube, Google Plus, Orkut (que nem uso mais) -, e ainda vários emails - consequentemente o MSN.
Imagina que tudo o que um dia eu fui ficará "perdido" na internet?
Prevendo isso, pedi pra que uma amiga guardasse todas as minhas senhas e sempre que modifico alguma, envio um novo arquivo pra ela. Em fim, no dia de minha morte, quem eu sou hoje existirá apenas na lembrança das pessoas, pois acho muito mórbido as pessoas deixando recados e comentários que nunca serão lidos pela pessoa aos quais foram enviados. 

Claro que escolhi uma amiga de super confiança, mas tão de confiança que eu acho que ela acredita que irá passar a eternidade no inferno se entrar em alguma das minhas contas sem minha autorização.
Inicialmente, quando expliquei o motivo de querer que ela ficasse com minhas senhas, ela ficou preocupada e desconfiando de um possível suicídio. Ri alto.
Depois descobri que há sites que cuidam das senhas das pessoas e, após a morte do usuário, as enviam para as pessoas designadas previamente por ele. Mas como esses sites descobrem que o usuário morreu, eu não sei. Se alguém souber, me explique, pois tá fodinha conseguir entender a lógica da coisa.

Em fim, eu vim dizer que vou passar um tempinho longe do blog, mas não muito. É só pra dar uma descansada na mente. E aí você pensa: 


What the bitch...

Fica enchendo a cabeça com porcaria
e quem paga é o blog.


Ser bitch... Me gusta.

 Hahaha! Prometo voltar com todo o gás.

sábado, 14 de abril de 2012

O que te inspira?


Ricky me passou uma tag, e tenho que dizer 10 coisas que me inspiram. Certo, lá vamos nós:

1 - Pessoas;
São fonte CONSTANTE de inspiração. Podem ser amigos, familiares, desconhecidos, a vizinha, o pedreiro... Falam algo, agem de determinada maneira, então se abre um leque de possibilidades e minha cabeça entra em um mundo paralelo.

2 - Escrita;
A escrita é uma das minhas maiores paixões. Seja falando besteiras aqui, ou anotando algo num caderno, ou escrevendo algo mais pessoal; saber que eu posso "extrair" coisas de mim através da escrita já me impulsiona a começar a pensar.

3 - Música;
De preferência, música "boa", mas também consigo pensar em várias coisas pra falar sobre o que EU considero como música ruim. 

4 - A chuva;

Eu tenho um caso de amor com a chuva e gosto de banhos de chuva. De qualquer modo, quando a chuva cai, ela vem e leva embora toda a minha inquietação, toda a minha "maluquês".
Se estou em estado de euforia, ela tira a minha agitação e me deixa só com um sorriso. Se estou triste, ela vem e leva embora a angústia, mas me deixa processar a minha dor com um sentimento de paz.
Em fim, eu seria capaz de fazer poemas e canções em homenagem a chuva.

5 - Leitura;
Esse ano, eu preciso ler mais. Entretanto, a leitura é algo que realmente consegue me tirar da minha realidade. Imagino cenários, personagens, som das vozes, entonações usadas, expressões faciais, tudo.

6 - Boa conversa;
Eu diria que uma boa conversa é um portal que pode fazer a sua mente processar trilhões de coisas ao mesmo tempo, deduzir algo a partir disso e ainda fazer você pensar em outro trilhão de coisas a partir da sua própria dedução. Muito inspirador.

7 - Bichos;
Tenho TANTO a aprender com esses seres. A forma como amam, como agem... Em fim, sinto que posso ser uma pessoa melhor ao estar em contato com eles. Principalmente com meu filho gato, Dengo.

8 - Milagres;
Certo, ok, eu acredito em milagres. Mas quando falo em milagres me refiro àquelas coisas que parecem estar totalmente perdidas, totalmente sem volta e do nada algo incrível acontece, algo que ninguém esperava, e muda todo o cenário. As vezes são grandes coisas, as vezes são pequenas coisas, mas eu admito que AMO quando acontece.

9 - Filmes e séries;
Pra mim, essas duas coisas são a combinação de outras duas coisas que eu citei: A escrita e a música.
Presto mesmo MUITA atenção na trilha sonora e no roteiro. Adoro observar os diálogos entre os personagens, se a música encaixa com a cena, etc. E isso também me fez entrar em um universo paralelo.

10 - Coisas simples;
Cheiro de café, som da risada de alguém querido, folhas balançando com o vento, barulho da chuva, afagar meu gato, um telefonema de alguém legal, pipoca estourando, uma música boa tocando baixinho em fones gigantes de ouvido, ...

Ufa! Responder isso parece fácil, mas não é. A partir do oitavo item a gente começa a ficar sem ideias. Hahaha!
Teria que indicar blogs, mas prefiro que qualquer um sinta-se livre para fazer ou não. :D

terça-feira, 10 de abril de 2012

Filhos, sexo e pais

Não sou expert no assunto, minha formação superior não me permite falar com propriedade sobre "os aspectos psicológicos da iniciação sexual juvenil e os impactos familiares que isto acarreta" (sinto que acabei de dar tema de TCC pra alguém), também não vou exemplificar nada sobre a vida sexual de ninguém; porém, vou dar minha visão como filha/neta/sobrinha que sou.

Eu sou uma jovem de 22 anos, formada, mas que ainda é vista como a menininha da família da minha mãe. Não estou reclamando, estou apenas constatando e analisando um fato.
Eu realmente gargalho quando ouço algumas destas recomendações:
- "Não assista 'tal' filme, tem coisas pornográficas nele!"
- "Você não pode ver isso!"
- "Tampe os ouvidos."
- "Procure contos eróticos pra mim, e imprima, mas não leia."
Desculpa tia...
Mas essa recomendação foi mesmo muito engraçada.

(E bem impossível de ser cumprida) 

Claro que este tipo de coisa não são ditas ao meu irmão, um ano mais novo.
Enquanto espera-se que eu encontre UM "príncipe encantado", meu irmão é incitado a ser um galanteador - e ser assediado por muitas, é motivo de orgulho.
Uma garota comprar camisinhas é sinal de que ela é uma devassa, um garoto comprar camisinhas é sinal de que ele é consciente de seus atos.
E é óbvio que tudo isso tem a ver com a idiotice do "machismo x feminismo" que eu citei no post anterior.

Mas, me diga minha amiga, tem como olhar isso
e pensar APENAS numa coceira nas costas?
Go Alex! (quem assiste True Blood me entendeu)

Eu acho muito mais interessante que nós, como pessoas, demos abertura para conversar sobre sexo com todos - seja menino ou menina - sem barreiras, sem meio termos e sem ter medo que "conversas sobre sexo" tenham um vínculo com "conversa sobre putaria".
Acredito que esse é o maior "erro" de grande parte dos tutores: Achar que ao falar sobre sexo vai estar falando sobre putaria e não informando.
Há também um outro medo - esse com relação às meninas: Quanto mais ela souber sobre sexo, mais incitada ficará a fazer.
Claro que há modos e modos de abordar o assunto de acordo com a idade, mas "meninas" são pessoas que vão crescer - com desejos e instintos - e que vão fazer sexo tendo muita ou pouca informação sobre isso.
Não adianta querer proteger demais, as coisas serão descobertas de uma forma ou de outra.
Não é mesmo, Sandy?



Sandy, se algum dia você vir isso, não me processa. Eu sou pobre e foi só uma piada. HAHAY!



*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.
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