segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Anne Frank me entenderia




Comecei a ler "O Diário de Anne Frank" há algumas semanas. Estou realmente degustando o livro, enquanto sinto um misto de medo de chegar à última página. Creio que nunca me identifiquei tanto com alguém que realmente existiu. Ela era muitas em uma só. E o fato de ela ser uma garota de personalidade forte não a fazia indestrutível. Não anulava o fato de que ela sentia carência, solidão, vontade de um abraço. E, na falta de outrem, ela se agarrava em si mesma.

"... Algumas vezes acho que Deus está querendo me testar agora e no futuro. Vou ter de me tornar uma boa pessoa por conta própria, sem ninguém para me servir de modelo ou me aconselhar, mas no final isso vai me tornar mais forte.
Quem mais, além de mim, vai ler estas cartas? Com quem mais, além de mim, posso procurar conforto? Estou sempre precisando de consolo, costumo me sentir fraca, e com frequência deixo de atender às minhas expectativas. Sei disso, e todos os dias resolvo ser melhor.
...
Não sou mais o bebê e a queridinha mimada que provocava risos com tudo o que fazia. Tenho minhas próprias ideias, meus planos e ideais, mas ainda não consigo verbalizá-los.
Pois é. Tanta coisa me passa pela cabeça à noite, quando estou sozinha, ou durante o dia quando sou obrigada a estar perto de gente que não suporto ou que invariavelmente interpreta mal as minhas intenções! É por isso que sempre termino voltando ao meu diário — começo nele e termino nele porque Kitty [nome do diário de Anne] é sempre paciente. Prometo a ela que, a despeito de tudo, vou em frente, que vou encontrar o meu caminho e refrear as lágrimas. Só gostaria de ver alguns resultados ou, pelo menos uma vez, receber encorajamento de alguém que me ama."

Anne Frank - 30 de outubro de 1943

Ah, Anne... Vem aqui, me dá um abraço.

*Para fins de direitos autorais, declaro que imagens usadas no post foram retiradas da internet e os autores não foram identificados.

2 comentários:

Anônimo disse...

Doida pra ler esse livro, parece excelente!

Mariana disse...

Sempre quis ler esse livro. Depois desse trecho, quero abraçá-la e correr na livraria para comprá-lo.
Beijos

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